O que torna uma pessoa ou uma ideia impossível de ignorar?

A ciência da popularidade

Agradeço a todos os Criadores que leem minhas cartas. Trago profundidade em todos os meus conteúdos para você se tornar uma pessoa melhor a cada dia. Vamos criar mais.


Meu Começo

Aos 17 anos, lembro de ser o centro das atenções na sala de aula. Fazia piadas para impressionar meus amigos e tentar ficar com as meninas. Fazer os outros rirem e trazer ação para a turma me abriu oportunidades até me tornar presidente do grêmio estudantil: os diretores da escola me admiravam, eu criava eventos e ficava com as meninas mais bonitas do ensino médio.

Enquanto meus amigos “nerds” priorizavam passar de ano e estudar (o que é racional quando se está na escola), eu queria ser o centro das atenções. Não demorou para que repetisse de ano duas vezes.

Eu tinha uma voz na minha cabeça: “fique rico e famoso ou morra tentando”.


O Instinto da Fama

Queremos ser famosos porque nossos cérebros foram moldados, ao longo de milhares de anos, para buscar status. E, na história evolutiva, status nunca foi apenas vaidade — foi sobrevivência e reprodução.

Quem era admirado ou reconhecido pelo grupo tinha mais acesso a comida, proteção e aliados, além de mais chances de atrair parceiros e deixar descendentes. Em tribos de 100 pessoas, ser respeitado podia significar a diferença entre viver ou ser deixado para morrer.

A fama de hoje é só uma tradução moderna desse instinto antigo. Curtidas, seguidores, views… tudo isso aciona o mesmo sistema de recompensa no cérebro que nossos ancestrais ativavam com aprovação social. O ambiente mudou. O cérebro não.

Por isso, a fama vicia. Ela promete o que sempre buscamos: pertencer, ser admirado, ser escolhido.

Aos 20 anos, a voz na minha cabeça já não era mais “fique rico e famoso ou morra tentando”. Agora era “o que adianta ser bom se ninguém me conhece?”.


Artistas Que Morreram Pobres

Os mais inteligentes, sensíveis e criativos geralmente se sabotam com dúvidas, perfeccionismo e medo de se expor. Enquanto isso, os medíocres, com menos autocrítica e mais coragem de se vender, dominam a atenção do mundo sem entregar nem metade do valor.

Van Gogh, Edgar Allan Poe, Bach, Oscar Wilde e Modigliani morreram pobres, rejeitados ou esquecidos — só foram reconhecidos depois da morte. Isso prova que talento sem atenção é como uma obra-prima trancada num porão.


O Caso de Leonardo

Aos 24 anos, Leonardo da Vinci era um zé ninguém.

Em Florença, era ofuscado por pintores como Botticelli e Ghirlandaio. Muitas autoridades evitavam contratá-lo porque deixava quadros inacabados. Às vezes carregava pinturas por anos sem entregar, buscando um nível de perfeição impossível.

Leonardo não era “só” pintor. Estudava engenharia, anatomia, música, hidráulica… Hoje a gente chamaria isso de multipotencialidade, mas na época isso soava como falta de foco.

Talvez, se ele tivesse se vendido como gênio multidisciplinar desde cedo ou largado o perfeccionismo, teria ficado famoso mais rápido.


Meus Primeiros Meses na Internet

Quando comecei na internet, fiquei preso por seis meses sem likes, visualizações e zero atenção. O que me frustrava?

Era ver uma tal de Virginia, MC Daniel ou um medíocre que cantava putaria, divulgava tigrinho e falava de Deus para tentar aliviar a própria imagem degradante.

Essas pessoas vão dominar as redes sociais no nosso país? E as pessoas com grandes ideias?


A Ciência da Popularidade

Em 2021, Eslen Delanogare, um psicólogo comportamental que morava no interior do Rio Grande do Sul, percebeu uma brecha. Os infoprodutores da época usavam desejos biológicos das pessoas — mostrando carros caros e roupas de luxo para vender algo.

Eslen achava isso brega e sabia que faltava profundidade e autenticidade no mercado.

Nessa fase, ele lia a biografia de Steve Jobs, fundador da maior empresa de tecnologia do mundo, e aprendeu quatro segredos que mudaram o jogo.


1. Qual é a sua tese?

Nos anos 90, Steve Jobs trouxe a ideia do “Think Different”. Um empreendedor hippie, que fumava maconha e andava descalço, batendo de frente com a maré de empresários engravatados. Jobs não só vendia computadores, ele vendia um estilo de vida para quem pensava diferente.

Eslen fez o mesmo no Brasil: atraiu pessoas autênticas, que gostavam de ler, treinar e cuidar do ambiente. Sem medo de afastar quem não se identificava. Ele não queria todo mundo — queria o tipo certo de gente.

Lembre do inimigo em comum: qual vida é a ruína da sua existência? Quem você não quer se tornar? Em vez de mirar apenas na sua missão, mire também no oposto. Olhe quem você vai se tornar se continuar procrastinando ou não criando: um zé ninguém. Demonstre quem é o seu inimigo em comum.


2. Seja bom demais para ser ignorado

Um dos vícios mais destrutivos, além da heroína de carboidratos, é o salário mensal.

Salários mensais viciam. Você faz o básico bem feito, tem “segurança”, é mandado, sai com colegas no fim de semana… e isso te lembra os tempos de escola.

Muita gente busca trabalho apenas pela recompensa imediata, não pelo que ele pode agregar de valor ou aprimorar nas habilidades. Pulam de galho em galho, sem nunca acumular um conjunto sólido de competências.

Ser bom no que faz está cada vez mais escasso. Você não tira 5 minutos para ler uma página, um livro denso, seguir sua curiosidade. Nunca esteve tão fácil se destacar.

Num mar de psicólogos rasos que só repetiam Freud, Eslen mergulhou em artigos científicos, livros densos e palestras. Tornou-se referência até que começou a levar conteúdos complexos para podcasts, explicando de forma simples e aplicável pro dia a dia das pessoas.

Resultado? A maior comunidade de desenvolvimento pessoal do Brasil. Inclusive, hoje sou brother dele.


3. Consistência no lugar certo

Muita gente acha que algo viralizou porque foi muito compartilhado. Mas o que chamamos de “viral” muitas vezes é só uma distribuição estratégica em um canal gigante.

Eslen tinha a tese, o conhecimento e a boa explicação. O que faltava? Canais de transmissão.

Ele participou dos três maiores podcasts do Brasil em sequência: Flow, Inteligência Ltda e A Deriva.

  1. Uma mensagem forte e prática para a vida das pessoas.
  2. Networking com nomes como Paulo Muzy e Cariani, o que aumentou sua autoridade.
  3. Consistência.

O livro Como Nascem as Tendências cita o caso da música We Are Young, da banda Fun., que explodiu após aparecer em um comercial da Chevy no Super Bowl. Em minutos, milhões ouviram.

Quando vemos algo várias vezes em um canal grande, nosso cérebro pensa “isso está estourado”. Mas o que fez explodir foi o empurrão inicial.

Meu vídeo da “rotina lendária” do meu pai foi a mesma coisa. O “viral” que você vê muitas vezes começou como um lançamento bem posicionado, e não como sorte.

Como você pode fazer isso com sua obra, sua arte, seu conhecimento?

  • Se conecte com pessoas maiores que você e ajude-as.
  • Frequente eventos grandes e conheça pessoas.
  • Faça barulho todos os dias com seu conteúdo.

Tem uma aula na minha comunidade só sobre networking. Assista lá.


4. MAYA — Most Advanced Yet Acceptable

“O mais avançado possível, mas ainda aceitável.”

Nada explode se for radicalmente novo. E nada viraliza se for só mais do mesmo.

O segredo? Equilíbrio entre novidade e familiaridade.

Quando lançou o iPhone em 2007, Steve Jobs não falou de gigabytes. Ele pegou a tela touch, a internet e o iPod, e juntou tudo no que chamou de “telefone”.

Comece com algo reconhecível. Depois, adicione um toque de surpresa.

As pessoas se conectam mais pela familiaridade e pelos valores em comum do que pelo produto em si.

Nesse momento, estou construindo um novo módulo na Create chamado “Crie ou será criado”, focado em fazer seus primeiros 5 a 10k através da criação, com zero investimentos e aprendendo a distribuir sua mensagem da melhor forma possível.

O próximo passo não é virar uma máquina de conhecimento.
É transformar isso em algo. Criar. Vender. Compartilhar.
É isso que fazemos na Create — a comunidade que mais cresce no Brasil.

Se quiser fazer parte disso, o convite está feito.

A porta está aberta. Mas você precisa dar o primeiro passo.

— Bagetti

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